Numa bela manhã de sexta, 10 de janeiro do presente ano, eu resolvi que não ia mais dar mamá pro Bruninho. Fiz curativos nos seios com esparadrapo e quando ele vinha pedir o "pepê" eu mostrava e explicava que tava dodói. Confesso que eu pensei que ia ser muito mais difícil, que ele ia dar escândalo, se revirar pelo chão, se debater pedindo o "pepê". Mas para a minha surpresa, isso não aconteceu. Por incrível que pareça ele entendeu.
No primeiro dia ele peguntava o tempo inteiro pelo "pepê", mas eu dava sempre a mesma explicação que o "pepê" tava dodói e ele foi entendendo. No fim do primeiro dia meus seios estavam estourando de tanto leite e Bruninho para dormir, se deitou bem coladinho a mim e ficou fazendo carinho no "pepê" e sempre dizendo que tava dodói. Nesse dia eu tomei a primeira dose do Dostinex, receitado pela minha médica, na esperança de que o efeito fosse imediato. Ledo engano.
Nos dias seguintes eu tomei a segunda dose do Dostinex, mas meus seios continuaram vazando e bastante inchados por conta do leite, mas eu estava decidida a parar com a amamentação. E nesse processo, eu sofri muito mais com as dores do peito cheio do que o Bruninho com a falta do "pepê", porque com o passar dos dias ele foi perguntando cada vez menos e foi se alimentando cada vez melhor. E para mim, esse foi o maior benefício do desmame. A alimentação dele está mais variada e agora ele não pula mais nenhuma refeição e nem os lanches, tá comendo de tudo.
Cheguei a conclusão de que foi no momento que tinha de ser, sem traumas para ele, que era a minha maior preocupação. Hoje, 17 dias depois do início do desmame, o Bruninho quase não pergunta pelo peito, uma semana depois do uso do Dostinex o leite finalmente secou, mas eu continuo com os curativos nos seios porque vira e mexe o danadinho pergunta pelo "pepê" e ele quer ver se está mesmo dodói. Para evitar recaídas dele (e minha) preferi deixar assim.