E foi assim que meu amor nasceu... (parte 2)

A galera reunida - aquela festa!

12/10 - Acordei bem cedinho. 7 da manhã e eu estava de pé no telefone conversando sem parar! Eu estava eufórica, era felicidade demais! Logo mais eu ia conhecer meu príncipe, não tinha como não ficar animada. Segui direitinho a dieta do dia: comidinha leve até as 11 da manhã e depois disso só água. 

Fiz normalmente minhas coisinhas. Terminei de arrumar a minha mala, ajudei minha mãe com algumas tarefas, peguei todas as coisas do Bruninho que eu ia levar para a maternidade, atendi todas as chamadas no celular, rezei o terço e quando chegou a hora fui me arrumar para ir para a maternidade. 

No decorrer do dia eu fui ficando tranquila, uma paz tomou conta de mim e eu era só sorrisos!

15:30, hora de ir para a maternidade! Pegamos tudo e partimos rumo a Maternidade Santa Olímpia, Bruno, minha mãe, minha irmã e eu. Chegamos lá e minha internação foi logo providenciada.

A enfermeira preencheu um relatório conforme eu ia respondendo um monte de perguntas, depois me deu uma batinha muito "sexy" com abertura nas costas e disse que eu fosse me arrumando que a GO já ia chegar junto com a anestesista. 

Minha GO chegou junto com a filha dela (que é minha amiga-irmã de infância e participou de tudo) e nós tiramos muitas fotinhas legais, rsrs. Meu marido como sempre fazendo muita graça, deitado na cama do apartamento da maternidade. Foi aquele clima ótimo de descontração e eu fiquei mais calma ainda!

A anestesista chegou, conversou comigo e disse que tudo ia correr da melhor forma possível, que eu não precisava ter medo de nada.
Eu não podia estar em melhores mãos, minha GO que eu conheço desde que eu era uma criança, que é mãe da minha amiga Nanda; a anestesista que também é uma fofa e que nós conhecemos a muito tempo; minha amiga Fernanda que pode e fez questão de participar de tudo e meu marido que esteve presente sempre, mesmo com tantos empecilhos. Eu tinha motivos para ficar nervosa?

Nanda - A amiga médica

Vesti a batinha "so sexy", pedi a benção a minha mãe, dei tchau para todo mundo, subi na maca e uma enfermeira me levou para o centro cirúrgico. 

Aí vem a parte tensa. Eu detesto agulhas e aquelas que usam no centro cirúrgico não são agulhas de Deus. Para que um calibre daqueles meu Deus, para que??? É um procura veia e acha veia que não tem fim. Achou! É hora de colocar o soro e de aplicar um remédio na veia que doía paca! Perguntam se eu estou bem, eu digo que sim. Perguntam se estou enjoada e eu digo que não.

Sentei na mesa de cirurgia e anestesista fala que eu vou sentir um geladinho nas costas e que logo em seguida vem a anestesia. Dito e feito. Um geladinho nas costas. Minha GO faz com que meu queixo encoste no peito e eu fico curvada. Momento tenso! E eu levei uma agulhada nas costas. Não foi nada do que eu pensei que fosse. Eu fazia um bicho de mil cabeças (pelo menos) com relação a essa anestesia e não foi nada disso. Foi bem tranquilo!

Sim, essa é a aplicação da anestesia nas minhas costas!

Logo uma sensação estranha foi descendo por minha coluna, passando por meu bumbum e minhas pernas começaram a formigar. Eu já estava deitada e Bruno entrou na sala para ficar comigo. A anestesista pediu que ele segurasse o oxigênio pertinho do meu nariz para auxiliar na minha respiração. Ora eu ficava tonta, ora eu voltava ao meu estado normal, mas nada de enjoo ou vômito, eu estava me sentindo bem apesar dos pesares.

O marido de todas as horas!

Bruno, muito curioso e intrometido que é ficava o tempo inteiro olhando por cima da cortina de proteção e assim ele viu tudo! Viu cortando cada camada minha. Disse até que sentiu o cheiro de queimado na sala. Eu não senti nada, graças a Deus, rsrs! A essas alturas o oxigênio tinha passado por todos os lugares do meu rosto, menos pelo meu nariz! Ainda bem que a anestesista estava tomando conta de mim e ainda bem que eu não precisei do oxigênio, né? É! rsrs
Quando Bruninho estava prestes a ser retirado da minha barriga, Bruno falou baixinho para mim "Se prepara, vai nascer agora!" e eu ouvi o chorinho mais lindo do mundo. Bruninho nasceu! E eu chorei! Chorei um choro tão bom, tão feliz, tão emocionado! Meu filho veio ao mundo! Eu ainda não consigo explicar o que eu senti naquela hora! É mágico! É divino!

O meu pingo de gente nasceu!

Depois do procedimento que fazem com os recém-nascidos, trouxeram ele para mim, que felicidade!!! Ele chorava e quando ouviu a minha voz conversando com ele, parou de chorar na hora! Eu fui tomada pelos melhores sentimentos que podem existir dentro de uma pessoa! E meu coração se partiu quando o levaram para dar banho e trocar, eu não queria separar dele nunca mais!

Os melhores e maiores sentimentos do mundo!

(continua)